sábado, 18 de fevereiro de 2012

Infraero transforma o aeroporto de São Luís em circo dos horrores

Hoje tem espetáculo? Tem sim Senhor! Hoje tem marmelada? Tem sim Senhor! 

A empanada já está armada há um ano


Zeca Maranhão

Enganava-se redondamente quem  pensava que a solução para o Maranhão era ter maranhenses nos principais cargos da Nação e assim seriam removidos todos os encalhes que formam o gargalo do desenvolvimento do estado.

Vejamos:

O Maranhão já teve dois Presidentes da República, um deles é presidente quase vitalício do Senado Federal, tem o Ministro das Minas e Energia, tem o Presidente da Embratur, e até o Ministro do Turismo, sem falar em outros cargos do segundo e terceiro escalão do Governo Federal. Portanto força política é o que não nos falta, aliás sobra.  Melhor negócio faríamos se trocássemos todos eles pelo presidente da Infraero. Esse sim, é o cara. Além de ter mais poder que a soma de todos esses poderosos juntos, ainda desdenha da Presidente transformando grande parte de seu poderoso escalão em palhaços de circo e para tanto já até  providenciou uma tenda climatizada para abrigar esses artistas neste que será o circo permanente da cidade e  que agora se chama Circo Aerotenda Marechal Cunha Machado, ou simplesmente Cunhão.

Quase um ano fechado para reparos e vocês pensam que finalmente São Luís irá ter um aeroporto decente? Não, seus iludidos. É só para botar um ar condicionado e tirar goteiras, nada mais que isso, mas o show tem que continuar.

Conheça a nova função de cada um agora:

José Sarney - É o elefante desse circo. Elefante branco. Grande, porém sem utilidade.

João Castelo - O mágico do circo. Sua especialidade é fazer desaparecer coisas, não esperem mais nada dele. Problema de aeroporto, cidade, assim como o circo não é com ele. No máximo que ele pode fazer é tirar uma carta marcada da manga para enganar trouxas e garantir mais 4 anos de marmelada.

Ministério Público - É só teatro, o teatrinho que faz o dramalhão do circo. Mostra
o drama mas não sabe que atitude tomar.

Roseana Sarney - É apenas a bilheteira do circo. Vendo o dinheiro nas mãos é o que importa, não se envolve com os problemas do circo.

Flávio Dino - O palhaço chorão. Caiu no circo de pára-quedas  ainda está tonto da queda, novo no cargo, não tem ideia do que deve fazer onde lhe botaram, seu sonho é tomar o cargo da bilheteira e a bilheteria, claro.

Domingos Dutra - É o homem pássaro do circo. O negócio dele é "avoar". O aerotenda para ele tendo pelo menos um avião que decole e o leve para Brasília para conseguir emendas para outros estados já tá de bom tamanho. Tem consciência que pelo serviço prestado até hoje, nunca conseguirá alçar voos maiores que esse. Qualquer coisa serve pra ele, prédio moderno não importa, ele quer mesmo é o poleiro desse circo para fazer média com o povo.

Gastão Vieira - Recém contratado como primeiro palhaço ainda não sabe o que tem, pode ou deve fazer no circo que foi jogado. Deslumbrado com o cargo se contenta em jogar beijinhos para a plateia.

Edson Lobão - Deveria ser o He-Man porque tem a força e se quisesse teria como pressionar a Infrazero mas por ser magro age como o Esqueleto e não tá nem aí para a pobre aerotenda, ele quer mesmo é tomar o castelo de grayskull, ou seja o Palácio dos Leões. Aliás leão faminto nesse circo é o que não falta, o que falta é jaula para eles. Nem Lobão nem Lobinho se envolvem com o problema, alegam que circo não é lugar para lobos. Faz sentido.

Os Deputados - Esses estão na área vip do circo assistindo ao espetáculo, comendo pipoca e aplaudindo entusiásticamente cada vez que um escândalo é encenado nesse palco de ilusão que se transformou o nosso Terminal que agora, mais do que nunca está literalmente em estado terminal.

Os passageiros - São os acrobatas. Fazem verdadeiros malabarismos para realizar seus voos.

O povo -  Esse está no seu devido lugar empoleirado na geral rindo para não chorar. Um riso forçado por ver  a grande  piada que virou o nosso aeroporto. Uma piada sem graça, mas ainda assim, uma piada.



E o espetáculo já tem uma nova atração prontinha:

A EP Engenharia, que faz a recuperação do Aeroporto de São Luís, ameaça parar as obras por falta de lastro financeiro. E a Infraero tenta convencer o Governo do  Estado a "salvar" a empresa financeiramente, para que a obra não pare. Sob o argumento de que, se a EP fechar, passará mais um ano até que nova empresa seja  contratada.

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