domingo, 22 de novembro de 2015

Tegram supera o volume de 3 mi/t de grãos

Carga movimentada ultrapassa a projeção do início da operação, em março, que era de 2 milhões de toneladas

Embarque de soja em navio graneleiro atracado no Porto do Itaqui, realizado por operadores do Tegram/Divugação
Embarque de soja em navio graneleiro atracado no Porto do Itaqui, realizado por operadores do Tegram/Divugação (Foto: Divulgação)
Terminal de Grãos do Ma­­ranhão (Tegram) superou a marca de 3 milhões de toneladas de grãos exportadas para o mercado internacional, através do Porto do Itaqui, em São Luís, desde que entrou em operação em março deste ano. O embarque é operado pelas empresas NovaAgri, Glencore, CGG Trading, Amaggi e Louis Dreyfus, que compõem o Consórcio Tegram-Itaqui.
De março até o início deste mês, 52 navios partiram do Porto do Itaqui com 2,14 milhões de toneladas de soja, 754,1 mil toneladas de milho e 138,7 mil toneladas de farelo de soja. “Ao atin­girmos este resultado em 9 de novembro, superamos as nossas projeções preliminares, quando começamos a operação, em mar­ço deste ano, que eram de exportar cerca de 2 milhões de toneladas de grãos em 2015”, declarou o porta-voz do Tegram, Luiz Claudio Santos.
Ele disse que este desempenho também é superior à revisão desta projeção, que foi feita em setembro, que era de chegar a 3 milhões de toneladas apenas ao final deste ano. A expectativa é de números ainda mais expressivos quando os embarques realizados nos dois últimos meses do ano estiverem contabilizados.
O Tegram está entre as maiores obras de infraestrutura para a exportação da safra brasileira de grãos. Sua operação já beneficia diretamente os produtores das regiões do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do Nordeste de Mato Grosso ao se po­sicionar como alternativa aos portos das regiões Sudeste e Sul do país, desafogando a logística do agronegócio.
Além disso, por estar mais pró­ximo dos principais mercados da Ásia e Europa, o terminal contribui para agilizar os processos e reduzir custos. “O Tegram chegou para estimular o agronegócio brasileiro em razão das vantagens competitivas para escoamento da safra, principalmente nos estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste”, comentou Luiz Claudio Santos.

Investimentos
O Tegram demandou investimen­tos superiores a R$ 600 milhões em obras e equipamentos de alta tecnologia para gerar uma capacidade de exportação de 5 milhões de toneladas de grãos ao ano, aplicados pelas empresas que compõem o consórcio.
A primeira fase, já finalizada, envolveu a construção de quatro armazéns com capacidade estática total de 500 mil toneladas de grãos, além de uma estrutura completa para operar um berço de atracação com 15 metros de profundidade e um Shiploader capaz de carregar os navios com 2,5 mil toneladas de grãos por hora.
Em uma segunda fase, serão investidos cerca de R$ 100 milhões na estrutura necessária para operar mais um berço de atracação, com mais um Shiploader, e na ativação de mais uma linha que permitirá dobrar a capacidade da moega ferroviária para descarregamento de 4 mil toneladas/hora.
“Já demos início às avaliações do projeto para as obras da segun­da fase e estimamos começar a operação no segundo semestre de 2017 ou, no mais tardar, no primei­ro semestre de 2018”, conta Santos, ao observar que, após a conclusão das obras, a capacidade de exportação do Tegram será ampliada para 10 milhões de toneladas de grãos ao ano.

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