quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Itaqui é a nova fronteira para o crescimento da cabotagem no NE

Afirmação é do gerente de cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Gustavo Costa, que ministrará palestra amanhã no IX Seminário Internacional.

A Aliança Navegação e Logística destacou o crescimento da navegação por cabotagem na região Nordeste, que, segundo a armadora, já concentra 33% dos seus negócios nesse tipo de modalidade. Para executivos da empresa, o Porto do Itaqui representa uma nova fronteira de crescimento da navegação entre os terminais portuários do Brasil e do Mercosul.
O transporte costa a costa no Nordeste do país será o tema da palestra, que será ministrada amanhã pelo gerente de cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Gustavo Costa, na programação do IX Seminário Internacional de Logística, que começou hoje em Fortaleza (CE). "Os portos de Suape (em Pernambuco) e Pecém (no Ceará) destacam-se por suas maiores movimentações e o Porto de Itaqui pode ser considerado como a nova fronteira para o crescimento da cabotagem", afirmou Gustavo Costa.
No Porto do Itaqui, a navegação por cabotagem é um serviço que foi iniciado em 2011, com a linha regular do armador CMA CGM. Naquele ano, o terminal maranhense movimentou 1.182 TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit, ou unidade padrão de 20 pés, em tradução livre do inglês). Em agosto de 2012, a Log-In inaugurou o serviço Costa-Norte, estabelecendo uma linha regular de cabotagem com frequência quinzenal em São Luís. Além do Porto do Itaqui (MA), o navio passa pelos portos de Vila do Conde (PA), Suape (PE) e Fortaleza (CE), conectando o Maranhão aos principais portos do Brasil e Mercosul.
No ano passado, o terminal maranhense passou a ter uma segunda linha regular de cabotagem do armador Aliança Navegação e Logística, que iniciou movimentando o alumínio produzido pelo consórcio Alumar e vem diversificando a gama de produtos movimentados. Em 2013, foram movimentados 10.781 TEUs no Porto do Itaqui.

Aliança - Fundada em 1950, a Aliança foi consolidando sua liderança no mercado brasileiro, passando a atuar em todos os continentes. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd, empresa alemã fundada em 1871. Com faturamento de R$ 3,3 bilhões em 2013, a Aliança Navegação e Logística tem atuação no segmento internacional e é líder no transporte de cabotagem. No ano passado, movimentou mais de 673 mil TEUs. Atualmente, opera regularmente em 17 portos nacionais e possui 12 escritórios próprios no Brasil.
No ano passado, a Aliança iniciou a reestruturação de sua frota de cabotagem com a compra de quatro navios com capacidade para 3.800 TEUs e 500 tomadas para contêineres refrigerados e dois navios com capacidade para 4.800 TEUs e 650 tomadas para carga reefer (contêiner isolado termicamente), com um investimento total de R$ 700 milhões. A renovação total da frota foi finalizada em meados de setembro. O intuito da Aliança foi atender à crescente demanda do mercado brasileiro e do Mercosul.
A empresa colocou em operação, em maio deste ano, o serviço de cabotagem especialmente desenvolvido para o setor de cargas de projeto. Para isso, afretou um navio do tipo multipropósito para carregar equipamentos com grandes dimensões e volumes, entre eles transformadores, reatores, turbinas, torres de transmissão, guindastes, geradores e pás eólicas. Nomeado de "Aliança Energia", o navio tem capacidade para transportar, aproximadamente, 19 mil toneladas de carga e é equipado com três guindastes, que juntos podem içar peças de até 800 toneladas.

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Direcionado a toda a cadeia produtiva do setor logístico, o IX Seminário Internacional de Logística e Expolog - Feira Nacional de Logística começou hoje, em Fortaleza, com o objetivo de estimular as discussões e debates sobre comércio exterior e infraestrutura. O evento, que termina amanhã, prevê a consolidação de redes de relacionamentos, exposição de produtos, equipamentos e serviços, promovendo a difusão de novas tecnologias, lançamento de produtos e insumos, estreitando relações do setor no país, no exterior, entre fornecedores e usuários.

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