sábado, 25 de outubro de 2014

Maranhão se consolida no grupo de estados produtores de energia

Com investimentos superiores a R$ 18,3 bilhões em empreendimentos de geração de energia, o estado hoje tem fontes diversificadas instaladas.

 
Foto: Arquivo
Usina termelétrica Parnaíba III, em Santo Antônio dos Lopes, é um dos empreendimentos em funcionamento
Dos mais de R$ 100 bilhões em investimentos no Maranhão nos últimos anos, em torno de R$ 18,3 bilhões foram destinados a empreendimentos de geração de energia. Com isso, o Maranhão, que era dependente de energia, passou a ser um grande produtor desse importante insumo, saindo da geração de 672 MW em 2009, para atuais 2.803 MW. O consumo diário de energia elétrica no estado chega a 1.585 MW. Os dados foram apresentados pelo secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres.
Hoje, o estado produz energia proveniente da Usina Hidrelétrica de Estreito (1.087 MW), da Usina Termelétrica Itaqui (360 MW), da Usina Termelétrica Gera Maranhão (330 MW) e do Complexo Parnaíba (atualmente gerando 1.425 MW e capacidade para chegar a 3.722 MW).
Há também projeto de desenvolvimento de parques eólicos na região de Tutoia, Paulino Neves e Barreirinhas, que acrescentarão mais 1.400 MW de energia, e ainda a instalação de cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Rio Parnaíba e outras duas no Rio Tocantins. Além disso, o consórcio Engepet/Perícia/Panergy pretende investir
R$ 50 milhões na instalação de usinas termelétricas a gás natural na Bacia de Barreirinhas (terrestre). A perspectiva é de que, até 2020, o Maranhão esteja gerando quase 12.000 MW.

Atração - O Maranhão deu um salto na produção de energia, o que tem contribuído para atrair grandes empreendimentos industriais para diferentes regiões do estado. “A geração de energia, por meio de matrizes diversificadas, tem sido importantíssima para o desenvolvimento do Maranhão”, avaliou o secretário Ricardo Guterres, ao lembrar que todo esse processo começou timidamente em 1937, com a instalação da Usina Hidroelétrica de Itapecuruzinho, em Carolina, na Região Tocantina, a qual gerava apenas 1,2 MW.
Para Ricardo Guterres, que é membro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e ocupa, também, a função de vice-presidente do Fórum Nacional de Secretários de Assunto de Energia, não basta atrair indústrias, é preciso planejar o desenvolvimento. “As indústrias estão se estabelecendo no estado como consequência da infraestrutura e logística que foram criadas”, ressaltou.
De acordo com o secretário, o Maranhão, na gestão da governadora Roseana Sarney, assumiu posição estratégica de atração e consolidação de investimentos de produção de energia, principalmente no que se refere ao planejamento da matriz energética, definição de incentivos estaduais e acompanhamento dos investimentos realizados. Foi assim, segundo ele, que se consolidaram investimentos no setor de petróleo e gás nos municípios de Santo Antônio dos Lopes e Capinzal do Norte. Guterres defende a criação de um Fundo de Investimento de Energia para incrementar recursos para o setor.

Números


2.803 Megawatts é atual capacidade de produção de energia no Maranhão

1.585 Megawatts é o atual consumo diário de energia no Maranhão

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