terça-feira, 5 de agosto de 2014

ANP aprova planos de descoberta de gás natural pela ex-OGX Maranhão

Planos de avaliação de descoberta são dos poços Fazenda Axixá, Fazenda São Francisco e Fazenda Roseno, da Parnaíba Gás Natural (antiga OGX).

 
Foto: Arquivo
Área de perfuração de poços para exploração de gás
Rio - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou os planos de avaliação de descoberta (PADs) de três poços da Parnaíba Gás Natural (PGN, antiga OGX Maranhão), na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. Os poços são Fazenda Axixá, Fazenda São Francisco e Fazenda Roseno, localizados no bloco PN-T-85.
De acordo com decisão da diretoria da autarquia, foi exigido, como compromisso firme, que a PGN faça o reprocessamento sísmico de 711 quilômetros de linhas 2D; a aquisição e o processamento de 355,849 quilômetros de sísmica 2D e a perfuração de um poço exploratório. As atividades deverão ser feitas até janeiro de 2016.
Após essa data, a companhia pode decidir pela extensão do PAD, com o compromisso de perfurar novos poços contingentes. A ANP não divulgou o investimento previsto nos PADs.
A decisão da ANP foi tomada em reunião realizada em 23 de julho, porém aprovada apenas nesta semana. No mesmo mês, a agência já havia aprovado outros sete PADs da PGN, em outros três blocos na Bacia do Parnaíba.
A PGN é o braço da Óleo e Gás Participações (OGPar, antiga OGX) para a exploração e produção de gás natural na Bacia do Parnaíba. O recurso é utilizado principalmente para abastecer o complexo termelétrico do grupo "X", de Eike Batista, no interior do Maranhão.
A OGPar tem hoje 36,36% do capital da PGN. Os demais sócios são Eneva (ex-MPX, com 18,18%), a alemã E.On (9,09%) e a Cambuhy Investimentos, da família Moreira Salles (36,37%). A PGN é operadora dos sete blocos que possui na Bacia do Parnaíba.

Leilão - Na última semana, a OGPar realizou um leilão para a venda de sua participação na PGN. Mas a concorrência não teve interessados. A licitação estava prevista no plano de recuperação judicial da OGPar, que desistiu de negociar diretamente sua fatia na empresa para a Cambuhy Investimentos, por R$ 200 milhões.
Entre outras decisões aprovadas semana passada, a ANP também indeferiu o PAD da Petrobras para o poço 1-BRSA-1081-ESS, no bloco marítimo ES-M-414, na Bacia do Espírito Santo. Segundo a autarquia, a companhia precisa se comprometer, de maneira firme, a perfurar pelo menos um poço exploratório, para ter a aprovação do plano.
Ainda com relação à Petrobras, a ANP aprovou o plano de desenvolvimento do campo de Baixa do Algodão, na Bacia Potiguar, operado pela estatal. Não há informação do valor de investimento previsto no plano.

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