Ordem de serviço para início das obras será assinada terça-feira pela secretária Genilde Campagnaro; APA corresponde a aproximadamente 320 hectares.
Foto: Biné Morais
Genilde Campagnaro
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema), Genilde Campagnaro assinará terça-feira ( 10), às 9h30, ordem de serviço para início das obras de construção do Complexo da Área de Preservação Ambiental (APA) do Itapiracó. A APA corresponde a aproximadamente 320 hectares e abrigará um dos maiores projetos de revitalização já implantados no Maranhão, e tornar-se-á, segundo a Sema, modelo para todo o país, atendendo aos requisitos institucionais, fiscais e funcionais.
Segundo o arquiteto Marcos Borges Dias, que assina o projeto, a APA do Itapiracó tem características próprias pelos seus aspectos urbanísticos, sociais, ambientais e tecnológicos. "A obra consiste em um espaço voltado para a aplicação e demonstração de princípios fundamentais de conversão e conservação de energia, bem como a integração com instituições e comunidades que demandam espaços de lazer, cujo conjunto de equipamentos é inexistente em outra unidade de conservação no território nacional", informou.
Marcos Borges destaca ainda que o projeto tem como expectativa semear uma postura pública à frente de seu tempo, na qual os conceitos utilizados sirvam de caminho a uma sociedade mais consciente e sustentável. "Para se criar uma unidade de conservação modelo estabelecemos uma oportunidade singular, atendendo aos programas funcionais e necessidades institucionais, para gerar uma obra não somente aplicada aos conceitos sustentáveis e ecologicamente indicados, mas também de intervir delicadamente em uma zona urbana frágil, vítima de processos de degradação", destacou.
Revitalização - Com as obras do Complexo da APA do Itapiracó, a Sema espera revitalizá-la por meio de uma infraestrutura capaz de viabilizar novas áreas de passeio, atividades educacionais, recreativas e de conservação ambiental para a população de São Luís.
A APA Itapiracó abrange uma vegetação remanescente de floresta amazônica, classificada em mata de terra firme e mata periodicamente representada por angelim, andiroba, pequi, bacuri, ariri, sapucaia, buriti, janaúba e tucum, entre outras. Além da conservação da fauna e da flora, a APA representa importante papel na manutenção do microclima da ilha de São Luís.
O plano de manejo da APA foi elaborado em 2006, onde está descrito o contexto urbano da unidade de conservação nos limites dos municípios de São Luís e São José de Ribamar, assim como a caracterização ambiental e socioeconômica, o zoneamento e o planejamento por área de atuação.
Segundo a superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Sema, Clarissa Costa, o estabelecimento do Complexo da APA do Itapiracó representa a efetiva presença da Sema nesta unidade de conservação estadual, restringindo a ocorrência de crimes ambientais, bem como a ocupação irregular da área.
Para a secretária Genilde Campagnaro, a construção do Complexo Ambiental representa um grande avanço e consolida parcerias. "A APA do Itapiracó está em uma área da União, da Superintendência de Patrimônio da União - SPU e a sessão de uso foi liberada para três instituições: Embrapa, IFMA e Sema".
Ela explica ainda que como a Sema é responsável pela gestão da APA do Itapiracó, que é uma das 13 unidades de conservação, com a sessão de uso de parte dela, a instalação da sede deste órgão ambiental estadual no local proporcionará uma maior e melhor gestão da própria APA do Itapiracó.
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O Complexo Ambiental da APA do Itapiracó está orçado em mais de R$ 26 milhões, recursos oriundos do Fundo de Unidades de Conservação e a sua inauguração está prevista para daqui a 18 meses.
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