segunda-feira, 18 de junho de 2012

Atriz Marília Pêra é ovacionada na última noite do Guarnicê




Ela teve sua carreira destacada e foi a grande homenageada da 35ª edição do festival de cinema, encerrado sábado no TAA.

Evandro Júnior
Da equipe de O Estado


A atriz Marília Pêra foi a grande homenageada na noite de encerramento da 35ª edição do Festival Guarnicê de Cinema de São Luís, sábado, no Teatro Arthur Azevedo. Acompanhada do marido, o economista Bruno Farias, ela recebeu o Troféu Guarnicê de Cinema, entregue pelos cineastas maranhenses Murilo Santos e Euclides Moreira Neto. Antes de receber o troféu, ela assistiu a uma gravação em vídeo com depoimentos dos amigos de profissão Arlete Salles (uma de suas melhores amigas), Ney Latorraca e Luís Salém, e a um resumo de sua história no teatro, televisão e cinema.
Em seguida, Marília Pêra acompanhou uma coreografia teatralizada encenada pelo grupo Gamar, cujos bailarinos repetiram alguns trechos dos trabalhos da atriz mostrados no vídeo. Ao final, ela subiu ao palco para receber o troféu e agradeceu as homenagens. "Muito obrigada por essa linda homenagem. Fiquei emocionada ao ver os meus amigos no vídeo. Desejo a todos os cineastas brasileiros, mas hoje principalmente aos regionais, muita sorte, e que eles possam concretizar seus trabalhos. Parabéns, São Luís, e muito mais 400 anos de cultura para o Brasil", disse a atriz, que tem 24 atuações em filmes de longa-metragem e quase cinquenta em programas na TV, entre novelas, minisséries, humorísticos, especiais e seriados.
Trajetória - A primeira aparição de Marília Pêra na TV foi em Rosinha do Sobrado, em 1965, na Rede Globo. Ela é também bailarina, cantora, coreógrafa, autora de dois livros e diretora de teatro e de shows. Em seu histórico, reúne mais de 70 premiações, homenagens e comendas recebidas. Entre seus prêmios nos mais importantes festivais do mundo, destaca-se o National Society Critics Awards de melhor atriz, em 1982.
Filha de atores, ela nasceu no Rio de Janeiro e aos 4 anos atuou na tragédia grega Medeia. Na juventude, foi bailarina e chegou a se apresentar no exterior, também dançando na lendária montagem My Fair Lady, com Bibi Ferreira e Paulo Autran. Sua mais recente atuação no teatro brasileiro foi em Mademoiselle Chanel, que fez temporada em Paris, com vigorosa saudação por parte da imprensa especializada francesa.
Na solenidade, também foi homenageado com o Troféu São Luís o vice-governador do Maranhão, Washington Luiz Oliveira, que em 2004 foi o articulador da frente parlamentar em defesa da indústria cinematográfica, lançada no Festival Guanicê de Cinema. Ele recebeu o prêmio do reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado Filho.
Washington Luiz teve papel importante para assegurar a parceria do Governo do Estado do Maranhão com o 35º Festival Guarnicê de Cinema. "Para mim, é um grande prazer contribuir para manter ativo esse festival, que incentiva cada vez mais a produção audiovisual no Brasil", disse.
Além do vice-governador, foi concedido prêmio especial ao Museu do Audiovisual do Maranhão (Mavam), recebido pelo diretor da casa, o cineasta e secretário de Estado de Esporte e Lazer, Joaquim Haickel. Após as homenagens, foi iniciada a entrega do prêmio BNB de Cinema para Melhor Filme de Curta e Média Metragem Nacional, escolhido pelo júri técnico, e em seguida a premiação oficial.

Conhecidos os melhores do festival


Os filmes inscritos no Guarnicê de Cinema concorreram nas categorias Melhor Roteiro; Melhor Direção; Melhor Fotografia; Melhor Montagem; Melhor Trilha Sonora Original; Melhor Direção de Arte; Melhor Documentário; Melhor Filme Maranhense; Melhor Filme Nacional, entre outras.
O filme L, da paulista Taís Fujinaga, arrebatou sete premiações: Melhor Filme (Prêmio BNB), Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Filme de Ficção e Melhor Filme Nacional de Média-Metragem.
Isso não é o fim, de João Gabriel Leite, recebeu os prêmios de Melhor Curta, Melhor Direção, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora e Prêmio BNB de Melhor Filme. O Melhor Filme Maranhense foi Solidão de Dom Quixote, de Vinícius e Marcos Vasconcelos.

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