sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Glória Menezes revela no programa do Jô suas raízes maranhenses

Era o ano de 1976 e ao final da apresentação da peça "Tudo bem no ano que vem" estrelado pelo casal Tarcisio Meira e Glória Menezes no Teatro Arthur Azevedo em São Luís do Maranhão, onde a fila do gargarejo era toda formada por parentes dessa grande atriz global, ela se dirigiu à platéia com a seguinte frase: "Como filha da terra que sou, gostaria de agradecer a presença de todos". Poucos entenderam o que ela quis dizer com isso, com exceção dos seus parentes na platéia, claro. Ontem ao ser entrevistada no Programa do Jô ela revelou finalmente que é filha de um maranhense. Trata-se de um maranhense também famoso, o escultor modernista CELSO ANTONIO SILVEIRA DE MENEZES, foi com ele que abrimos a série "Maranhenses Ilustres" aqui neste blog, veja: http://maranhaomaravilha.blogspot.com/2009/01/celso-antonio-silveira-de-menezes.html

Biografia de Glória Menezes:

Glória Menezes

Nilcedes Soares de Magalhães, conhecida como Glória Menezes, nasceu no dia 19 de outubro de 1934, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Filha de pai maranhense e mãe gaúcha, ela se interessou cedo pelas artes, estudando piano desde pequena. Aos 16 anos, ganhou uma bolsa de estudos para continuar sua formação musical em Paris, mas a família não concordou com a viagem. Casou-se com um primo, com quem teve dois filhos, Maria Amélia e João Paulo, e com quem viveu por oito anos.

Glória Menezes cursou a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, mas não chegou a se formar. Recebia convites para atuar no circuito profissional de teatro e, em 1960, foi premiada como atriz revelação por seu papel em As Feiticeiras de Salém, de Antunes Filho. Nessa mesma época, começou na televisão, fazendo teleteatro ao vivo. Por seu papel na novela Um lugar ao Sol, de Dionísio Azevedo, recebeu o prêmio como atriz revelação também em televisão.

Em 1962, fez sua primeira e bem sucedida incursão no cinema: interpretou a personagem Rosa, no filme O Pagador de Promessas, que foi dirigido e protagonizado por Anselmo Duarte, e recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes. No ano seguinte, protagonizou – ao lado de Tarcísio Meira – a primeira novela diária da televisão brasileira: 25499 Ocupado, adaptação de um roteiro argentino, transmitida ao vivo pela TV Excelsior. Durante a novela, os atores, que já haviam contracenado anteriormente em alguns teleteatros, iniciaram um romance e, em seguida, se casaram. Ao lado de Tarcísio Meira, Glória Menezes estrelou diversas novelas na Excelsior, como A Deusa Vencida (1965) e Almas de Pedra (1966), de Ivani Ribeiro, e O grande Segredo (1967), de Marcos Rey. Desde então, o casal – que vive há mais de 40 anos junto – se tornou um ícone da televisão brasileira.

Glória Menezes e Tarcísio Meira foram contratados pela TV Globo em 1967, para formarem um par romântico na novela Sangue e Areia (1968), de Janete Clair. Ele fazia o papel do toureiro Juan Gallardo e ela era Doña Sol. Em seguida, a atriz protagonizou Passos dos Ventos (1968/1969), de Janete Clair. Desta vez, fez par romântico com o ator Carlos Alberto. Voltou a atuar ao lado de Tarcísio Meira na novela seguinte, Rosa Rebelde (1969), também de Janete Clair, na qual interpretou a líder rebelde Rosa Malena.
Em 1970, o casal de atores participou da novela Irmãos Coragem, um marco da fase em preto-e-branco da televisão brasileira. Escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho, a novela foi um grande sucesso e apresentou Glória Menezes no papel de Lara, que protagonizava um drama psicológico: possuía três personalidades distintas. A personagem formava um par romântico com João Coragem, personagem vivido por Tarcísio Meira.

O sucesso do par romântico Glória Menezes-Tarcísio Meira foi repetido, em seguida, na novela O homem que Deve Morrer (1971), de Janete Clair, em Cavalo de Aço (1973), de Walther Negrão, e em O semideus (1974), de Janete Clair.

Em 1975, Glória Menezes participou da novela O grito (1975), de Jorge Andrade, em que viveu a angustiada mãe de uma criança com problemas mentais. A parceria com Tarcísio Meira foi retomada, dois anos depois, em Espelho Mágico (1977), de Lauro César Muniz, novela considerada um marco em termos de experimentação de dramaturgia para televisão. Ainda na década de 1970, a atriz participou de três episódios do programa Caso especial: O Crime do Silêncio (1971), dirigido por Régis Cardoso, Meu Primeiro Baile (1972), dirigido por Daniel Filho, e A Dama das Camélias (1972), sob a direção de Walter Avancini.

Em 1979, Glória Menezes interpretou Ana Preta na novela Pai Herói (1979), de Janete Clair. Dona de uma casa de samba, a Flor de Lys, Ana Preta vivia um triângulo amoroso com o personagem de Tony Ramos e o de Elizabeth Savalla. Em seguida, a atriz participou das novelas Jogo da Vida (1981) e Guerra dos Sexos (1983), de Silvio de Abreu.

Ainda na década de 1980, Glória Menezes participou de Corpo a Corpo (1984), de Gilberto Braga, no papel da vingativa Tereza. Em 1987, ao lado de Marília Pêra, protagonizou a novela Brega & Chique (1987), de Cassiano Gabus Mendes. Ambientada em São Paulo, a novela contou a ascensão de Rosemere da Silva, sua personagem, e a queda de Rafaela Alvaray, vivida por Marília Pêra. Brega & chique teve ainda a participação de Tarcísio Filho, filho da atriz com o ator Tarcísio Meira.

Em 1988, o casal de atores estrelou Tarcísio & Glória, seriado criado por Daniel Filho, Euclydes Marinho e Antonio Calmon. O programa inaugurou uma linha de co-produção na Rede Globo: além de atores, Tarcísio Meira e Glória Menezes eram também produtores, negociando patrocínios e merchandising e dispondo de participação nos lucros do empreendimento, inclusive nas vendas para o exterior. O núcleo do programa retratava a relação entre o empresário corrupto Bruno Lazzarini (Tarcísio Meira) e a extraterrestre Ava Becker (Glória Menezes). Ao todo foram 18 episódios, exibidos quinzenalmente entre abril e dezembro de 1988.

Na década de 1990, Glória Menezes trabalhou em uma série de novelas do autor Silvio de Abreu. Em Rainha da Sucata (1990), viveu a socialite falida Laurinha Figueroa, casada com Betinho, personagem de Paulo Gracindo. A personagem foi a primeira a aparecer cometendo suicídio em uma novela. Depois, interpretou a Baby Bueno, de Deus nos Acuda (1992), e a Julia, em A próxima Vítima (1995). Participou ainda da novela Vira-lata (1996), de Carlos Lombardi, no papel de Stella. Na seqüência, trabalhou ao lado do marido em Torre de Babel (1998), mais uma novela de Silvio de Abreu.

Em seguida, fez Porto dos Milagres (2001), de Aguinaldo Silva, na qual viveu a personagem Dona Coló, O Beijo do Vampiro (2002), de Antônio Calmon, no papel de Zoroastra, e Da Cor do Pecado (2004), de João Emanuel Carneiro, em que interpretou a Kiki.

Em Senhora do Destino (2004), de Aguinaldo Silva, Glória Menezes interpretou, ao lado de Raul Cortez, a Baronesa de Bonsucesso. Vítima de Alzheimer, a personagem informou ao público sobre aspectos da doença, bastante comum em idosos. No mesmo ano, a atriz participou ainda da minissérie Um só Coração (2004), de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, no papel de Camila Matarazzo. Na novela Páginas da Vida (2006), de Manoel Carlos, voltou a contracenar com Tarcísio Meira, com os dois interpretando marido e mulher. Em 2008, estreou em A favorita, de João Emanuel Carneiro, no papel de Irene Fontini, mulher do industrial Gonçalo Fontini, vivido por Mauro Mendonça.

No teatro, Glória Menezes participou de peças como Aluga-se Vagas para Moças de Fino Trato (1975), com direção de Amir Haddad, Tudo Bem no Ano que Vem, de Bernard Slade, que ficou em cartaz entre 1976 e 1981, Navalha na Carne (1981), de Plínio Marcos, Um Dia Muito Especial (1988), de Ettore Scola, Pigmaleoa (1993), de Millôr Fernandes, e E continua... Tudo Bem (1996), também de Bernard Slade, entre muitas outras.

Em 2000, atuou em Jornada de um Poema, com direção de Diogo Vilela, na qual interpretou uma paciente terminal de câncer. No palco, Gloria chegou a ficar nua e raspou o cabelo.

Em 2008, estreou o espetáculo Ensina-me a Viver, onde interpretava uma mulher de 80 anos, que se envolve com um homem 60 anos mais novo.

No cinema, além de O pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte, atuou em Lampião, Rei do Cangaço (1964), de Carlos Coimbra, Máscara da Traição (1969), de Roberto Pires, Independência ou Morte (1972), de Carlos Coimbra, O Descarte (1973), de Anselmo Duarte, O Caçador de Esmeraldas (1979), de Oswaldo de Oliveira, Para Viver Um Grande Amor (1984), de Miguel Faria Jr., e Se eu Fosse Você (2006), de Daniel Filho.

Teatro

2008/2009 - Ensina-me a Viver

2000 - Jornada de um Poema

1988 - Um Dia Muito Especial

1986 - E continua... Tudo bem

1983 - Pigmaleoa

1981 - Navalha na Carne

1976 - Tudo Bem no Ano Que Vem

1975 - Aluga-se Vagas para Moças de Fino Trato

1966 - Julio César

1960 - As Feiticeiras de Salém

http://clickcultural.virgula.uol.com.br/teatro/biografia.atores-gloria_menezes-129.html





Ela fala do pai maranhense aos 10'50" do vídeo.

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